Bebidas alcoólicas, suplementos e treino. Entenda.

Publicado por Equipe BP em

Hei você! É, você mesmo que está buscando a melhora do seu físico, se esforça para manter a dieta e uma boa suplementação, assim como uma rotina de treinos, mas não quer abrir mão de alguns hábitos com bebidas alcoólicas. Sinto em lhe dizer, mas está jogando além do seu dinheiro e tempo, sua saúde pelo ralo.

Quer saber por quê? Nós te contamos.

Por que essa mistura é nociva ao organismo? Até onde o álcool atrapalha seu físico? Beber moderadamente e drinks leves prejudica os resultados também?

Valor nutricional das bebidas alcoólicas

Para podermos entender, primeiramente vamos verificar o valor nutricional de algumas bebidas alcoólicas:

Cerveja (lata de 350ml):

– proteína: 0g
– gordura: 0g
– carboidratos: 15 até 38,5g
– álcool: 12,6 até 31,5g
– calorias: até 374,5g kcal.    
* valores podem variar conforme marca   

Vinho (taça de 100ml):

– proteína: 0g
– gordura: 0g
– carboidratos: 0,6 até 2g
– álcool: 12 até 31,5g
– calorias: 86,4 até 148 kcal.
* valores variam conforme o tipo de vinho

Caipirinha de vodca (dose 50ml):

– proteína: 0g
– gordura: 0g
– carboidratos: 10 até 50g (sem açúcar o carboidrato gira em torno de 0,4g)
– álcool: 20g de álcool puro
– calorias: com açúcar = entre 180 e 340 kcal.
– sem açúcar = 140kcal.

OBS: 1g de álcool possui em média 7 calorias.

Bebidas alcoólicas
Consumir bebidas alcoólicas e suplementar

O que acontece no organismo ao ingerirmos álcool

Quando se ingere álcool, o mesmo tende a ser transformado por uma enzima chamada ADH (álcool desidrogenase).

Essa enzima transforma o álcool em uma substância tóxica ao organismo, ou seja, quando o organismo estiver metabolizando o álcool, ele deixa de metabolizar gordura, portanto, dependendo da quantidade de álcool ingerida, acontecerá esteatose hepática (acúmulo de gordura nas células do fígado).

É por isso que depois de beber uma grande quantidade de álcool, o corpo pode exalar cheiro de álcool pelo suor, lembrando que uma porcentagem será eliminada pelo rim e pelo pulmão. Além disso, o álcool também causa desidratação e em alguns indivíduos pode causar um efeito rebote, provocando inchaço.

Outro grande problema é que o álcool atrapalha a absorção de vitaminas e minerais, pois o fígado prioriza a eliminação das toxinas do corpo ao invés de absorver vitaminas, principalmente as do complexo B e a vitamina C.

Também age sobre a hipófise e o hipotálamo (glândulas situadas no cérebro responsáveis pela atividade hormonal de todo o organismo) e sobre os testículos, prejudicando assim a produção hormonal.

A ressaca do dia seguinte

A famosa “ressaca” acontece devido a desidratação, pois quando o nível de água no corpo diminui em grande escala, a pessoa sente dor de cabeça e náusea. Quanto ao sono sob efeito do álcool , o sistema gabaérgico (também é diretamente responsável pela regulação do tônus muscular nos seres humanos) é diminuído, fazendo com que a pessoa entre em estado de sono pesado mas não recuperativo.

Esse esforço todo que o organismo necessita fazer para eliminar as toxinas do corpo cada vez que é ingerido álcool, a longo prazo pode gerar uma cirrose hepática.

No caso de beber esporadicamente, não é cogitado o desenvolvimento da cirrose hepática, mas há outros fatores que requerem atenção como:

– uma boa hidratação no dia seguinte;
– descanso para regenerar o organismo;
– alimentação equilibrada.

Consumo de álcool e a síntese proteica

Um estudo realizado analisou se o consumo de álcool pode diminuir a síntese de proteína muscular.

Método: Indivíduos consumiram imediatamente após o treino, uma das seguintes combinações ( assim como 4h depois ):

– somente proteína de soro do leite;
– proteína de soro do leite + álcool;
– carboidratos + álcool.

O turnover de proteína (renovação da proteína no corpo), foi medido 2h e 8h após o treino.

Resultado: o álcool suprimiu a síntese de proteínas musculares (MPS). O interessante, no entanto, foi que mesmo quando a proteína foi adicionada ao grupo alcoólico, as taxas de MPS ainda foram reduzidas em 24%, em relação ao grupo que consumiu somente proteína.

Conclusão: o álcool não deve ser ingerido junto com a whey protein, em pequeno intervalo de tempo após o treino. Mesmo as propriedades anabolizantes do soro do leite ( whey ), não são suficientes para superar os efeitos nocivos do álcool.

A quantidade de álcool consumida no estudo, baseou-se em quantidades relatadas durante a compulsão alimentar por atletas. No entanto, os relatórios publicados sugerem que as ingestões de alguns indivíduos podem ser significativamente ainda maiores.

Fonte: Parr, C.B. Camera, D.M. Areta, J.L., Burke, L.M., Phillips, S.M., Hawley, J.A. Coffey, V.G. (2014).


Equipe BP

Mais de 15 anos de experiência com suplementação, nutrição e ciclismo.

1 comentário

Saber Amar Clínica de Recuperação · 15 de abril de 2020 às 20:32

Adorei seu post muito obrigado, uma grande ajuda este material.

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